sexta-feira, 17 de junho de 2011

O ponto do meio

É utopia crer em felicidade plena. A sensação felicidade é dada por momentos os quais deram certo, mas e o que se fez do resto? Ainda está lá submerso esperando e aguardando a oportuna chance de se manifestar como uma fincada incomoda. Esperando a chance de se tornar o todo novamente. E o que fazem os extremistas? Parecem estarem com as mãos na porta que encaminha para a loucura, não poder atingir o ponto máximo quando não se está no mínimo é desesperador.

Virginia Woolf me encanta...

"Encarar a vida pela frente... Sempre... Encarar a vida pela frente, e vê-la como ela é... Por fim, entendê-la e amá-la pelo que ela é... E depois deixá-la seguir... Sempre os anos entre nós, sempre os anos... Sempre o amor... Sempre a razão... Sempre o tempo... Sempre... As horas."

"Uma paixão tão completamente centrada em si recusa o resto do mundo tal como a água límpida e calma filtra todas as matérias estranhas."

"Mas se algum dia você não vier depois do café da manhã, se algum dia avistar você em algum espelho, talvez procurando por outro homem, se o telefone toca e toca em seu quarto vazio, então depois de indizível agonia, então - pois não tem fim a loucura do coração humano - procurarei outro, encontrarei outro você. Nesse meio tempo, vamos abolir com um sopro o tiquetaque dos relógios. Chegue mais perto de mim."

"Realmente, eu não gosto da natureza humana a menos que esteja toda temperada com arte."

"A infelicidade é um estado de espírito. (...) E com isso quero dizer que não é a resultante necessária de uma causa específica."

domingo, 12 de junho de 2011

A solidão é opcional

Onde já se viu sentir-se só quando se tem a própria companhia?

sexta-feira, 3 de junho de 2011

De volta, outra vez

Há muito tempo eu não escrevo. Antes isso me perturbava por não saber o real motivo, achava que o dom ou até mesmo a criatividade tivessem tido vida curta. Mas não. Eu estava presa, e pessoas presas se sentem sufocadas. Esse sufoco não me deixava reagir e me debilitava, me deixando irracional, irreconhecível a olhos antigos e principalmente emocionalmente desequilibrada. E eu sinceramente resolvi dar um basta nisso, resolvi por maior dor que sentisse, a dizer chega. Cansada de escutar perguntas sobre meu olhar vago e triste, cansada de ser cega retomei minha coragem e me reergui.
Hoje estou livre. Meu caminho nunca me pareceu mais obscuro, sei que terei que ser forte e persistente para conseguir enxergar o ponto de luz. Mas felizmente, mesmo não o vendo, eu sei que ele está lá me esperando.
Acredito que a vida é dividida em fases de aprendizagens e creio sumamente que essa não passa de mais uma. Já sinto minha liberdade fluindo no meu sangue e o meu sorriso tornando a ser sincero. Da minha alma emerge uma imensa vontade de explorar esse meu novo e ao mesmo tempo velho mundo, porque eu nasci para isso; para descobrir, conhecer, amar com doçura e principalmente para ser minha melhor companhia.