quarta-feira, 31 de março de 2010

01-03

Sinceramente não sei o que me levou a começar escrever hoje. Não que eu não goste de escrever, porque aos catorze anos havia decidido que seria escritora. Uma verdadeira Tolkien – torço para estar á altura –. Resumidamente, nunca me pareceu atraente escrever as minhas próprias memórias. Penso que esse mundo o qual vivemos não tem o devido merecimento que os mundos precisam ter para serem narrados, por exemplo, sempre quando um livro é verdadeiramente bom, bom de verdade eu digo, o qual todas as pessoas compram, precisam de algo que seja “fantasiado”. Mas eu não pretendo “fantasiar” nada escrito aqui, a não ser que você leve em conta as “fantasias” criadas no íntimo de uma cabeça de dezesseis anos, mas eu posso jurar dar a minha palavra, que essas “fantasias” vão poder ser reconhecidas e distinguidas da realidade, da dura e chata realidade.
Eu odeio o dia de hoje. Na verdade passei a odiar a partir desse ano. O decorrer do dia não foi desagradável, tirando o aperto no coração dado minuto após minuto. Mas eu odeio realmente o que aconteceu há um ano atrás. Exatamente um ano atrás.
Nesse dia o qual tanto me pesa, eu dei o meu último beijo. Tudo bem, eu não estou há um ano sem beijar, isso seria terrível! Mas bom, foi o último beijo o qual eu senti que amava alguém. Amava de verdade, algo que eu nem cheguei a sentir com o decorrer de um namoro de quase três anos. Senti algo tão grande para um relacionamento, se assim posso dizer, de seis meses. Tanto em tão pouco tempo. Mas as coisas são assim comigo, tudo muito rápido. Às vezes chega a assustar.
Lembro da última coisa que o amado até então disse...
“- Você foi muito especial para mim e tenho certeza de que você sabe disso. Te adoro e acho que isso não vai mudar.”
O problema era esse. Ele me adorava e eu o amava. O tempo passa e as coisas mudam, sempre mudam e sempre se curam. E eu estou curada. Cheguei às vezes a pensar que havia sido curada por alguém e que era à hora de usar a famosa frase da minha querida bonequinha de luxo Audrey Hepbrun no filme “Sabrina”
“- Estou curada, mas como esquecer a cura?”
Pura ilusão. Eu havia me curado por mim mesma, pelo meu amor a vida e pela a minha vontade de ser feliz, mais uma vez. A vontade que sempre me foi maior; a de vencer.
Ilusão das grandes, assim como a ilusão do amor. Esse sentimento tem esse gosto, adora pregar peças, está sempre fingindo que chegou sua hora de ser colocado para fora, e nós bobos assim acreditamos e depois de um tempo, quando descobrimos que não era amor, nos sentimos mais bobos ainda. Mesmo assim não aprendemos, tanto é que não acredito na frase “É com os erros que se aprende.” Acredito que se aprende quando está afim e disposto. Você pode comer mil chocolates por dia e ver que está engordando, que semana que vem, quando bater aquele desejo de chocolate, você vai novamente comer se assim quiser.
Nós sempre nos curamos no final, mas ferida, quando é das grandes, sempre deixa marcas, cicatrizes mesmo que pequenas. E elas às vezes incomodam, mas afinal, não é pra tanto, se você tem uma cicatriz é porque já sentiu dores piores do que um incômodo.
Agora me vejo novamente, na mesma época do ano, querendo ser tapeada pelo amor. Mas eu aprendi, não com o erro, porque cheguei a crer isso muitas outras vezes antes e depois, mas com o meu adquirido conhecimento interior. Hoje, sei que sou muito nova e que as coisas nessa fase sempre vão me parecer muito extremistas e intensas. Tanto amores como dores. E também sei que é inevitável, mesmo sabendo disso, na hora do êxtase deixar de pensar que ama o fulano. Porque como eu já disse, o amor é um brincalhão.
Nesse exato momento o meu esforço não está concentrado em digitar corretamente essas letras para que alguém possa ler, mas em manter pensamentos que não vão me levar a nada, fora da minha cabeça. Tentar manter a cabeça no lugar e ver que isso tudo vai passar e pode ser que daqui a um mês eu acorde e pense em como fui imatura ao pensar que o tal era meu amor.
Na verdade não somos crianças, somos apenas sonhadoras de plantão. Sonhamos com as coisas que vemos em tantos lindos filmes, sem lembrar que não são verdades, são apenas ilusões para nos entreter e mesmo que sem querer, nos chatear. Quantas vezes já me peguei deprimida por saber que alguém nunca faria algo que Nelson fez pela Sara no filme “Doce Novembro”? Mesmo pelo o absurdo de saber que eu não teria um amor o qual eu tivesse que morrer e ele idem como Romeu e Julieta, porque para mim, são essas histórias que merecem serem contadas, não simples fatos de paixonites.
Com o tempo fui percebendo que eu passeara a criar um filme para a minha própria vida, que eu na verdade estava vivendo somente em função de mim, e não pensando na perspectiva a qual as pessoas viam a minha vida. Fazia, falava e agia como as minhas heroínas cinematográficas e esperava que o meu companheiro agisse assim como os meus heróis. Era sempre uma pontada de desapontamento quando eu ouvia algo como “Você é especial.” Quanta besteira e falsidade há nessa frase seja para quem foi dita. Todos nós somos especiais, ninguém é igual, então todos são diferenciados e possuem qualidades e defeitos que os outros não possuem!
Com tanto desapontamento e reclamações, no auge da profunda depressão ( como em esse trecho ) criei a minha mais desconfortável teoria.
“Ninguém nunca vai ser mais importante para você do que você é para si mesmo.”
Podemos viver sem ninguém, mesmo que seja no estado mais deplorável, mas o ar ainda vai para os nossos pulmões e o coração ainda bombeará nosso sangue. Porem você não é capaz de existir nesse mundo, sem seu corpo, sua presença e seu espírito.
Essa teoria às vezes me dificulta a dormir.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Todos... e nós
Não é o bastante
Para mudar aquilo que poucos fizeram
Nós... e você
Com apenas uma certeza
É muito mais do que as nossas escolhas
Você escolheu?
Olhando para o relógio
Tudo passa e muda
E voa
Pegue um dejeso e uma mentira bem dita
E olhe ao seu redor
É o que verás
A vida... todos sabem como termina
Um sopro
Mas o qua fazer antes do sopro final?
Quem sabe?
Acorde e levante
Faça um relfexão
É só olhar ao seu redor
Como fomos chegar a isso
Onde os pontos são feitos de interrogações
Pedaços do silencio da guerra
São atirados pelas janelas
Sem a importância
Alguém abiaxo pode se machucar.
Imagine, nós somos os únicos
Ninguém está assistindo
Mas eu estou apenas voltando para casa.
Imagine acordar
E ninguém está em casa
A pele continua fria
Não ter a quem agradecer.
Então qual é a diferença entre estar sozinha
Ou ter sua voz em minha cabeça?
Sou a única presente neste quarto
Qual é o sentindo de acender a luz
E só ver o meu relfexo no espelho
O que você diria se estivesse eu e você?
Imagine viver como nunca antes
Não ter o tempo de se afastar
Sem questões do amanha.
Imagine acordar
E aquele espaço não estar vazio
E eu estou olhando para o seu rosto
E agradecendo
Então consigo diferenciar
Estou com a sua voz
Estou com você
Agora acendo a luz
Vejo dois reflexos no espelho
E você me dizendo
Que o amanha pode chegar
Porque você ainda estará aqui.
Hoje a noite o céu parece vir abaixo
Relembro quando suas mãos me abraçaram
Eu acordei para o entretenimento
E as estrelas brilharam
Um anjo me avisou
Quando eu estivesse longe
Você chegaria para perto
E eu esperei esse tempo
Com a esperança e a fé
Eu observo a cidade apagando as luzes
Estão se preparando para dormir
E eu ainda esperando você vir
Mas eu tenho tempo
Treze razões para saber que estou certa
São as minhas desculpas
Treze fatos para estar viajando na velocidade da luz
Sem olhar para trás
Mas no final do túnel
A razão será somente eu
Sou a razão a qual não olho para tráz
Quero que saiba
Amo você do jeito que você é
Quero lhe abraçar os ombros
E ficar ao seu lado
Guardei uma foto sua
Acho que vai me servir por enquanto
Quero lhe abraçar os ombros
E ficar ao seu lado
Porque eu estou quebrando
Quando não estou com você
Eu não sei fazer dar certo
Quando você não está por perto
Nunca quero ouvir
Que você não sente mais nada por mim
Todo esse longo tempo
E agora estamos juntos novamente
Quero lhe abraçar os ombros
E ficar ao seu lado
Isso é muito mais do que eu poderia pedir
Eu não vou deixar você se afastar
Vejo a história pelos seus olhos
Vejo a fonte a qual sacia sua sede
Eu espero por você
A vida parece confundir-se
É melhor me olhar agora
Eu continuo esperando
Esperando por você
Ao ler sua história
Faço das certezas dúvidas
Faz-me querer saber mais
E eu espero você chegar
Para podermos continuar com o bater dos nossos corações
Cada vez mais forte
Eu não consigo acreditar
Eu ainda estou aqui
Esperando por você
Minhas mãos estão segurando o tempo
Mas meu corpo pede para solta-lo
E eu continuo esperando
Para ver quando você chega.
Eu passei algum tempo fora
Esperando uma segunda chance
Porque eu tinha algumas razões
Para acreditar que eu era boa o bastante
Eu passei algum tempo fora
Acreditando poder encontrar a própria luz
Falar é fácil quando você está apenas assistindo
As memórias já não podem atormentar
Elas só me deixam esperando
Alguém vir me avisar que esta noite
Eu poderei voar novamente
Eu escalei as mais altas nuvens
Eu corri do futuro
Somente para estar com você
Eu estive fugindo
Eu estive me escondendo
Eu estive com medo dos pedaços do mundo
De todo o mundo
Somente para estar com você
E eu não vou parar
Porque agora já encontrei o que estive procurando
Eu me mantive calada
Quando a vida merecia um grito
Por tudo o que acontecia a minha volta
Oh, o quão frustrante foi.
Eu me senti como a brasa que era cuspida do gelo
Queimando de frio
Eu cometi erros em nome de anjos
Preguei mentiras que foram ditas verdadeiras
Pensando aliviar o próprio peso
Mas agora eu já encontrei o que estive procurando

Passe um tempo com os anjos
Olhando para o topo do céu
E encontre-o lhe esperando
Para dizer que a vida não é uma busca
E sim um encontro.
Deixe-me sair para bem longe
Isso não é o que eu queria fazer
Está errado
Eu pensava em algo o qual você não fazia idéia
Agora é um longo tempo
Até achar algo novo
É um pequeno lamento
O qual eu não preciso pedir licença
E estará tudo bem
Não precisa me seguir, eu vou só
E estará tudo bem.
Se eu for sozinha
Não precisa devolver meu caminho
Acharei outro sozinha
E estará tudo bem

Não mais o mesmo

Você se sente melhor ou está se sentindo o mesmo? Isso faz as coisas ficarem mais fáceis agora?
Você precisa ter algo a que se agarrar, eu digo; um amor, uma vida... é tudo o que você precisa. Um amor para lhe mostrar que a vida é mais do que se imagina.
Eu lhe desapontei quando mostrei que antes nada fazia sentido? Você não se importava das horas nunca passarem, mas agora você precisa de algo a que se agarrar.
Eu digo; é muito tarde essa noite para tentar dirigir ao passado. Hoje as coisas não vão mais ser as mesmas entre nós. Você vem até mim pedindo perdão, vem para concertar as coisas dizendo que agora se encontrou e que seu coração está aberto. Mas isso é muito, demasiado.
Você primeiro me fez escorregar, agora quer me puxar, mas nada mais se manteve no mesmo. Eu digo; o amor é temporal, o amor pode acabar, porque eu vi o fim... e chorei.
Esperei por outra vez... agora existem duas pessoas que juntas se agarram a um amor, a um sangue, a uma vida que faz da sua melhor.

terça-feira, 2 de março de 2010

Então, você creia que as coisas iam bem
Que a relva continuava limpa
Que o céu azul se manteria
Você poderia me dizer como se sente
Ao descobrir a outra realidade?
O riso mutante a lágrima
Como você se sente?
É como se tivesse que pegar um trem
Para a outra dimenção
Qual foi a essência dos seus sonhos?
Qual foi a intensidade da sua queda?
Você parece não encontrar o conformismo
Mas como poderia ter outra escolha?
Bem vindo a guerra dos céus
A qual quem ganha não é o vencedor.
Como eu queria que você estivesse aqui
Somos apenas dois corpos
Movidos pela vida
Lutando maré após maré
Condenados a viver as mesmas horas
A todo momento
O mesmo desapontamento
Queria que você estivesse aqui.