sexta-feira, 14 de maio de 2010

Doa-se a vida, poupa-se a morte

Quando eu morrer quero ser cremada. Mas não antes de ter cada órgão possível doado. Quero me livrar de tudo o que possa me ligar a este mundo e também não quero ver meu corpo o qual cuidei tanto ao longo da vida, se decompor. Tudo bem que essa tal de decomposição é uma lei natural, mas prefiro não ter o meu corpo na terra e no escuro, obrigada.
A doação de órgãos também é uma questão de escolha, mas me pergunto, porque não doar? Talvez o falecido não tivesse tempo de avisar que optara pela doação e os familiares acharam melhor “deixar o corpo em paz”. Ou talvez fora escolha do próprio falecido não doar, querendo, mesmo depois de morto, manter o que é seu consigo; egoísmo. Porque não fazer bem ao próximo sempre que possível?
Doando um coração você pode poupar mais choros nas salas de espera, mais um corpo se decompondo na terra fria e no escuro, e pode dar mais alguns ou muitos anos de vida a alguém que quem sabe faria grande diferença nesse mundo. Imagine-se podendo ser salvador do amor da vida de alguém? Ah, como minha morte seria mais feliz.
Como disse no início, é uma questão de escolha, mas as pessoas precisam se apegar menos ao material e saber que nada se leva dessa vida a não ser a evolução.
Seja em vida, seja em morte, é preciso fazer a diferença!

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